14/07/2010

Pequeno assunto melodramático


"Cinco pontos cinco" para suturar uma facada auto-inflingida, involuntariamente, na falange distal do indicador (na foto já coberto por uma dedeira).
Aconteceu durante a preparação de petiscos para a final do Mundial.
Em vez de ir a correr para o Centro de Enfermagem pus um penso e fui ver o jogo, claramente sobrestimando o poder de regeneração das nossas extremidades: não somos lagartos.
"Tinha que vir logo, isto agora vai ser de recurso", censurou-me hoje o médico, um velho simpático.
A seguir ele desviou a atenção para uma conversa amical sobre as velhas glórias do futebol holandês (Cruyff, Van Basten, Rijkaard, Gullit) antes de espetar uma dose de anestesia local ("Isto agora vai doer um pouco"): a falange encheu como um balãozinho e ficou com a cor da dedeira.
Preferi não olhar enquanto o costureiro fez o seu trabalho, mas para mostrar atitude comecei a falar sobre um acidente com a outra mão, foi na primavera de 1993 no Chapitô, espectáculo "Tété, Sonho, Ilusão & Companhia". Um pequeno efeito pirotécnico, accionado por mim manualmente, deflagrou antes do tempo e fiquei com a pele de dois dedos queimada e pendurada.
Naturalmente continuámos o espectáculo: circo é circo, the show must go on.
Hoje perdi assim uma animação com acordeão para a Câmara de Comércio Portugal-Holanda na Alcântara, no veleiro " Leão Holandês" (faz 100 anos em 2010, http://www.leaoholandes.com/).
Paciência!

4 comentários:

Rui R. disse...

Meu caro Rini, espero que o golpe não tenha sido profundo e apanhado nenhum músculo importante para mobilidade do dedo. Os dedos dão algum jeito aos musicos...

Mas o que é que fazes com um preservativo no dedo????

Rui Mota disse...

Rini,
Ainda cheguei a pensar que tinhas tentado fazer sushi de polvo, mas afinal foi mesmo um acidente. Estimadas e rápidas melhoras, são os meus desejos!

Rini Luyks disse...

É um dedo maroto :)!

Aliás, uma dedeira a fazer de preservativo (sem receptáculo)...
É verdade que em tempos de crise cada um(a) se governa como pode (a dedeira custou-me apenas 27 cêntimos), mas neste caso o sacrifício parece-me grande (sempre com frontalidade).

O golpe foi mesmo na ponta do dedo, Rui, chato para tocar os baixos do acordeão. Foi descuido não ter tratado logo, maas o dedo deve estar bom dentro duma semana.

Rini Luyks disse...

Rui M., o polvo também possui a capacidade de regenerar os seus tentáculos, se calhar tenho mesmo de comer aquele sushi!