29/12/2008

Dois "Pintos" dizem de sua Justiça...


Primeiro foi o Procurador Geral da República, Fernando Pinto Monteiro, a garantir que "em Portugal a Lei é igual para todos, independentemente da condição social, poder económico ou cargo ocupado pelos suspeitos".
A seguir o Bastonário da Ordem dos Advogados, António Marinho Pinto, contrapôs que "97% dos presos são pobres" e criticou no seu estilo polémico e explícito (eu gosto!) a "privatização da justiça e os privilégios dos bancos".
O problema é que pessoas com opiniões fortes como ele (por exemplo o economista Henrique Medina Carreira ou o filósofo José Gil) dificilmente vão chegar aos lugares onde se tomam as decisões...

7 comentários:

Anónimo disse...

Rini,

A frontalidade, como já deves ter reparado, não é o forte dos portugueses.Tem a ver com uma herança ancestral que ancora no catolicismo e a obediência em que fomos educados. Vozes como as de Marinho Pinto, Carreira ou Gil (há mais, felizmente) são minoritárias porque não existe "massa crítica" e as pessoas têm medo de perder privilégios. Por isso, calam-se. Ninguém ousa criticar nada, para não ferir susceptibilidades. Em frente uns dos outros, os portugueses são muito simpáticos, mas cuidado...São muitos séculos de hipocrisia e estas coisas tornam-se parte integrante da cultura dominante. À falta de coragem, os portugueses preferem dizer mal e contar anedotas. Não muda nada, mas alivia...
Mas, aqui, estamos de acordo, penso.

Silvares disse...

Se chegassem aos lugares onde se tomam decisões Portugal deixava de o ser e passava a ser outra coisa.

mdsol disse...

É ver quem ganhou o primeiro Big Brother em Portugal...o Zé Maria que não fazia fosquices de natureza nenhuma!
(sim aquele concurso televisivo, horroroso que espreitei a espaços e ...)
:))

Rui Rebelo disse...

pois é Rini,

o problema dos poderes corrompidos em portugal é muito semelhante à de muitos países do dito terceiro mundo. tem apenas um aspecto mais civilizado... enquanto o povo se mantiver inculto, será sempre mais fácil a corrupção afectar os poderes do estado.

Anónimo disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Anónimo disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Anónimo disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.