14/01/2008

Reposição da "Fábrica do Nada"

Dia 16 começa a reposição da "Fábrica do Nada" no Teatro Municipal de Almada.

A "Fábrica do Nada" ou "Fábrica de Nada" estreou a 7 de Novembro de 2005 na Culturgest. É um espectáculo de Teatro Musical destinado a um público jovem, onde música e teatro se fundem na narrativa e dão lugar a uma linguagem própria que pouco passa pelas convenções do musical ou da opereta.

Uma produção Artistas Unidos / Culturgest / Teatro Viriato / DeVIR/CAPa / Centro das Artes Casa das Mudas, com o apoio da Embaixada dos Paises Baixos


Autora: Judith Herzberg
Tradução: David Bracke e Miguel Castro Caldas
Encenação: Jorge Silva Melo
Direcção musical: Rui Rebelo
Música: Paulo Curado e Rui Rebelo
Com Américo Silva, António Filipe, António Simão, Carla Galvão / Inês Nogueira, Hugo Samora, João Meireles, João Miguel Rodrigues, Miguel Telmo, Mílton Lopes, Paulo Pinto, Pedro Carraca, Pedro Gil, Sérgio Grilo, Vítor Correia
Músicos: Gonçalo Lopes, João Madeira, Miguel Fevereiro, Paulo Curado, Rini Luyks e Rui Faustino.

No
Teatro Municipal de Almada de 16 a 20 de Janeiro de 2008
No
Teatro Virgínia (Torres Novas) a 24 de Janeiro de 2008
Na
Casa das Artes (Famalicão) a 1 de Fevereiro de 2008
No
Teatro José Lúcio da Silva (Leiria) a 6 de Março de 2008
No
Teatro da Malaposta de 14 de Fevereiro a 16 de Março de 2008




Uma fábrica de cinzeiros fecha, e os trabalhadores, não querendo ficar desempregados, resolvem continuar a trabalhar numa nova produção: nada. À volta de nada organiza-se tudo, desde a escolha do gerente da fábrica, aos furtos dos produtos e aos tribunais, com muita música cantada e tocada a mostrar por que caminhos segue esta história.
Estes operários que preferem fazer nada a nada fazer inscrevem-se mais na linha do saber ver quando se vê do Alberto Caeiro e do fazer não fazendo do Lau Tsu, do que no preferia não o fazer do Bartleby. Em lugar da angústia do desaparecimento das coisas e dos seres que a palavra vazio sugere, o vazio que o patrão deixa ao fechar a fábrica permite o vazio do espaço côncavo em que tudo pode acontecer precisamente porque está vazio. Permite a boa projecção do som. E os músicos, atrás dos actores, seguem atentamente o que se vai passando com as vozes. Estes operários dizem-nos assim, a cantar: a fábrica fecha, não faz mal, nós continuamos na mesma, não nos vão ver aos molhos nos noticiários a protestar à porta da fábrica, nem vamos calados para casa perder a nossa dignidade no sofá. Não precisamos de mais nada do que estarmos uns com os outros porque força como esta só existe outra, que também temos: a música.

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6 comentários:

Anónimo disse...

Falhei as actuações na Culturgeste mas hei-de ir à Malaposta, fica aqui mais próximo dos meus locais do quotidiano...

Dervich

Anónimo disse...

Vi na Culturgest e vou ver agora em Almada. Boa ruizão, Grande espectáculo. Grande Música.

xistosa, josé torres disse...

Pelo que tenho lido aqui e noutros blogs, que não menciono o nome, mas são conhecidos, eestáculos para o Porto ???? nicles ...
Eu sei que o Rui Rio, (ele não se importa que o trate assim, pois é um crápula como eu ...), não gosta de cultura ... não lhe podemos abrir a cabeça com uma lobotomia e colocar-lhe um livro ... quem nasce a zurrar ... pouco pode aspirar!!!!

Anónimo disse...

muita merda!

Anónimo disse...

Fabuloso Espectáculo. Vi em Famalicão. Estava pouca gente mas foi um dos melhores espectáculos que vi na vida. Parabéns pela música. É muito boa e bem diferente de tudo o que se costuma ouvir.

Rini Luyks disse...

Obrigado, caro Luís Mateus!
Realmente houve pouco público, tanto na sessão da noite para o público em geral, como (mais surpreendente) na sessaõ da tarde para escolas.
Mas os espectáculos correram bem em ambiente acolhedor.