01/10/2007

Festival da Mocidade - Galiza


O Verão acabou e com isso também vão acabar as crónicas da itinerância de Verão da Kumpania Algazarra. Desde o início de Junho foram 40 concertos em Portugal Continente, Açores e Espanha e quase 20.000 quilómetros de estrada (incluindo as "aero-estradas" das quatro viagens aos Açores...).
A última actuação em Setembro levou-nos outra vez à Galiza, ao Festival da Mocidade em Vilar de Santos (Ourense). É um festival "lúdico-reivindicativo", organizado pela associação Aguilhoar em "defesa dos direitos históricos da Galiza e do nosso meio ambiente", como reza a introduçom no folheto (imagem, clicar para ampliar).
Foi uma noite de contrastes entre (muita) boa vontade e (poucos) meios disponíveis.
- O pior foi a chuva, o recinto do festival não estava preparado para isto: um palco ao ar livre e um toldo para bar/restaurante e expositores de artesanato, com toda a gente em pé num espaço muito reduzido.
- A anunciada "ceia popular" antes dos concertos limitou-se ao conteúdo de 1 panela, dava para 1 pedaço de chouriço e 1 pedaço de entrecosto por músico, pouco combustível para fazer um concerto a seguir. Contraste: o patrão hospitaleiro dum café ao lado ofereceu-nos duas garrafas de um bom vinho alentejano e já estávamos um bocadinho melhor.
- Vestir a roupa do espectáculo dentro das nossas carrinhas num lugar de estacionamento sem luz também foi uma experiência (não houve camarins)...
- A entrada em cena dos músicos foi um momento pouco glorioso, fez-se por um escadote estreito, colocado na parte de frente do palco (ou seja: uma subida com os cuzinhos virados para o público....).
Como dito: o que conta nessas circumstâncias é a boa vontade, o espectáculo correu bem, a chuva até parou com a malta a dançar numa fina camada de lama.
Depois do concerto houve tempo para aquilo que os galegos sabem fazer melhor: convívio com bebidas, percussões e gaitas até às seis da manhã, hora para ir tomar um merecido banho na pensão.
Só que não havia água quente.
Não se pode ter tudo na vida...
Próximos concertos da Kumpania Algazarra: dia 5 Alvaiázere - Festival do Chícharo, dia 14 Lisboa - Terreiro do Paço, dia 20 Salzedas - Festival das Aldeias Vinhateiras.

13 comentários:

Anónimo disse...

É mesmo FeRstival?

xistosa, josé torres disse...

"À seguir a conferência, o pessoal degustou uma ementa baseada em churrasco e salada de pasta e procedeu-se a escutar as músicas dos galegos Skárnio e Guezos e a banda portuguesa, Kumpania Algazarra. Até 500 pessoas se passaram por Vilar de Santos numa jornada que finalizou sob os acordes da banda Skárnio, já muito conhecidos entre nós, mas que mais uma vez fizeram com que a festa continuasse até perto das cinco da manhá."

Está visto que "FeRstival" ficou assim derivado da churrascada.

Confesso que apanhei um susto, pensei que ia ser criada a Mocidade Portuguesa ... é que os galegos dizem-se portugueses!

Rini Luyks disse...

É pá, vocês são muito rápidos, pá.
Não deixam um gajo acabar e corrigir o post à vontade.
Pôxa!

Rui Rebelo disse...

desculpa companheiro,

estava online e não resisti.

Rini Luyks disse...

O.K. Rui, pois eu escrevo muitas vezes "on-line" para ver logo o lay-out do texto (que a pré-visualizaçao não revela).
E depois demora às vezes duas horas a escrever o post, isto é uma maravilha...

Rui Rebelo disse...

bela digressão de verão hein?
eu vou na sexta para o Brasil com o "Grande Criador". São Paulo e Rio de Janeiro. Imagina que eles querem legendar... hahaha...
Andamos por todo o mundo e traduzimos e para o Brasil querem legendas...

Anónimo disse...

Porquê vocês (actores) não traduzem para brasileiro?
Ainda por cima: Deus é Brasileiro (até deu para um filme)!

Anónimo disse...

mas claro que nós fazemos isso. E isso é que é o ridículo. é como um filme em português com legendas em português...

Anónimo disse...

...Pôxa, outra vez!...

xistosa, josé torres disse...

Tenho alguns brasileiros que visitam o meu blog e que volta e meia, escrevem:
"me traduz isso". (SEM MAIS COMENTÁRIOS)

Os espanhóis, também não fazem o mínimo esforço para nos entenderem.
Somos pau para toda a colher!
Talvez o Salazarengo tivesse razão, quando afirmava que o povo português era tão rico que nem sentia necessidade de estudar.
Os outros povos não nos entendem e não se esforçam.

xistosa, josé torres disse...

Das notícias de Ourense, tirei o que está entre aspas, num português quase escorreito.
Afinal não houve churrasco, ouve mais "prá fome", também não podiam comer muito, porque depois não cabiam nas vestimentas e talvez os escadotes de acesso ao palco estivessem homologados até determinado peso!

rui rebelo disse...

oi rini. você istá gostando muito di dizê pôxa. legau.

Casteleiro Traduções disse...

Sentimos imenso não terdes gostado do que se vos ofereceu no festival, nós sim gostamos da vossa actuação. Contudo era favor dizer-nos tais cousas já lá em vilar de santos e não deitá-las no blogue, mesmo eu não esteja autorizado para obrigar ninguém fazer isto ou aquilo. Saudações galegas.