31/12/2006

Consultório Musical – a possível solução para quase todos os problemas.


Na sequência de um largo rol de comentários gerado pela ideia de poder prescrever música para todas as situações enfermidades e estados de espírito, declaro oficialmente aberto o referido consultório.

Funcionamento:

Existem até à data dois especialistas, o Dr. Contratempos e o Dr. Partituras, que se disponibilizaram para oferecer diagnósticos e pareceres médico/musicais a quem necessite e o solicite no espaço de comentários deste post.

Para tal o paciente/ouvinte deverá expor o caso e os respectivos sintomas. Também se receitam dosagens de som e música para efeitos preventivos ou indutores de quase tudo.

Apesar de, segundo a vasta experiência dos dois cientistas, a maioria dos pacientes/ouvintes estarem interessado na resolução dos efeitos inerentes ao seu problema, o objectivo destes especialistas é tentarem chegar à causa tratando-a, não se limitando a aliviar o efeito.

Este consultório tem também uma função de sensibilização para a correcta auto prescrição de música, dando a conhecer os efeitos nocivos que algumas audições podem ter para a saúde fisica e mental.

Pede-se aos pacientes que queiram permanecer anónimos para diferenciarem a forma anónima de assinar continuando anónimos mas personalizados.




50 comentários:

Anónimo disse...

Obrigado, caro Rui, caro Fernando, pelo espaço oferecido no vosso blogue.
Ao meu estimado colega Dr. Partituras queria pedir o favor de tomar conta das prescrições na primeira semana do Novo Ano 2007. Vou ter de me ausentar da capital por causa de trabalho de musicoterapia em hospitais em Coimbra e no Porto.
Alías, acho que o primeiro paciente já se apresentou (veja s.f.f. a última entrada no "rol de comentários" acima referido): um certo G.L. que "se desfez em lágrimas" ouvindo um fragmento de Satie num filme. Tenha a amabilidade de tratar dele, pois em princípio onde há choro há negócio, ai, não, não, eh, onde há choro é preciso a nossa generosidade....

Anónimo disse...

Certo Dr. Contratempos,

Veja se concorda com o que disse ao G.L. visto ele não ter exposto qualquer sintoma especifico o diagnóstico torna-se mais complicado.

Caro Gonçalo Lopes,

É prefeitamente normal esses estados emocionais alterados com as peças mais sensiveis do Bach.
As Gimnopedies tepressivos quanto a êm um efeito extra sensorial que por vezes pode ser perigoso. Satie comunha com bases cabalisticas e de numerologia, foi uma espécie de esperimentalista dos quais ainda estamos a estudar os efeitos. Quando ouvido em conjunto com determinadas imagens pode levar tanto a estados de euforia extrema.
aconselho-o a ouvir John Surman pela manhã a db moderados durante uma semana e não mais que 30 minutos diários. Depois volte cá para dizer o que se passou. Se tiver algum problema mais grave ou uma situação que queira ver resolvida não esite em contactar-nos.

cumprimentos,

Dr. Partituras.

Anónimo disse...

O q eu quero é a partitura completa do bwv 1056. Com essa receita tenho a certeza de conseguir tratar destes e outros sintomas mas renovo outra vez a pergunta: Alguém viu o "Barry Lyndon" do Kubrik?

Rui Rebelo disse...

eu não vi.

a partitura tenho-a algures perdida nas prateleiras.

mas podes importar o midi para o sibelius.

seguem links

http://mapage.noos.fr/dardelf/musique/BWV1056_2.mid

http://www.classicalguitarmidi.com/subivic/Bach_Arioso_BWV1056.mid

http://icking-music-archive.org/scores/bach/bwv1056/Bach-Arioso.png

se o sr G.L. pesquisar no google deve encontrar muitos mais e talvez até partituras.

abraço e bom ano

Anónimo disse...

(Comunicação interna e confidencial para Dr. Partituras) Antes de partir para o Norte do país ainda tenho tempo para passar pelo nosso consultório, caro colega Dr. Partituras. Concordo consigo que o diagnóstico no caso do Sr. G.L. não é pera doce. No entanto, reparo que ele insiste em receber informações acerca de um filme do realizador Stanley Kubrick. Ora, para quem, como G.L., já se emociona tanto com a banda sonora de um filme doce como "Chocolat", protagonizado pela actriz "bombom" (ou neste caso "boaboa") francesa Juliette Binoche, eu desaconselho em absoluto o contacto com a obra de um realizador tão polémico como Kubrick. Caso se tratasse somente da AUDIÇÂO de bandas sonoras dos filmes dele (quer dizer: sem acompanhamento de imagens), eu diria vá lá, vá lá, mas também: esta actividade não faz muito sentido, em geral o cinéfilo quer ouvir a banda sonora exactamente para evocar de novo as imagens de um filme que já viu!
O filme "Barry Lyndon" pode não ser o mais pesado da obra do Kubrick, mas eu ficava por exemplo de (pouco) cabelo arrepiado com a ideia de o Sr. G.L. no seu estado actual visionar filmes como "Lolita", "Clockwork Orange", "The shining" ou "Eyes wide shut". Só para dizer que concordo com a sua medicação para este paciente, mas acho que não vamos dar-lhe informação sobre Kubrick, puxa, é que faltava! Será, caro colega, que estamos aqui na presença de um caso de masoquismo!? Será que ele deseja chorar ainda mais?
Ouvi dizer que o Sr. G.L. é ele próprio músico, exercendo a sua actividade dentro das fronteiras da República Portuguesa. Isto já explicava muito coisa, senão tudo, não acha, caro colega?
Como pequeno aparte queria ainda comunicar-lhe que pessoalmente sou um grande admirador do cinema de Stanley Kubrick. Além dos filmes já mencionados tenho DVD's das obras "Spartacus", "Nascido para matar" e "Dr. Strangelove or how I learned to stop worrying and love the bomb". O último filme pode sem exagero ser qualificado como objecto de estudo obrigatório para quem queira aprender algo sobre a condição humana.

Anónimo disse...

caro colega dr. contratempos,

antes de mais um bom ano para si.
O caso G.L. é mais complicado do que possa parecer. Vamos esperar pelo seu próximo comentário que poderá dar-nos mais pistas para elaborarmos um diagnóstico mais conclusivo.

Anónimo disse...

Um óptimo 2007 também para si, caro Dr. Partituras. Eu estava tão embrenhado no nosso primeiro trabalho, esqueci-me completamente do ano novo em que já vivemos... Estou de acordo consigo, vamos dormir um pouco sobre o caso G.L.
Entretanto preocupa-me o primeiro post em 2007 dos nossos dois anfitriões R.R. e F.M.: inicialmente aparece um belo fogo de artifício, depois uma bomba atómica e logo a seguir o fogo de artifício é retirado. Espero bem, caro colega, que haja uma explicação e que não estejamos a construir o nosso consultório num terreno minado! Seria um Grande Contratempo.
Sinto me tão perturbado que vou prescrever-me a mim próprio uma dose de Moderato do Piano Concerto No. 2 em Dó menor Opus 18 de Sergey Rachmaninov.

Anónimo disse...

A sua auto prescrição parece-me bastante sensata. Pena que não tenha na minha farmácia essa especifica medicação pois tomaria uma dose de bom grado.
Mas vou tomar um pouco de Nicanor Zabaleta, o meu harpista preferido, a interpretar vários autores espanhois do sec XIX.

O que penso ter sucedido com o fogo de artificio é que o RR, depois de ter visto o post do FM decidiu retirar o fogo de artificio na esperança que o FM fizesse o mesmo com a bomba atómica, mas teremos que esperar pela próxima visita do FM para ver se tal acontece.

Ontem tomei demasiada música do médio oriente, que não deve ser misturada com bebidas alcoólicas... tem alguma sugestão para aliviar os efeitos colaterais?

sudações doutoríficamente musicais.

Anónimo disse...

Caro colega, como abstémio convicto não sou a pessoa indicada para responder a última questão pessoal que me coloca (e que, entre nós, me surpreende um pouco, no entanto: "Atira a primeira pedra aquele que estiver sem pecado" - João 8:7).
O nosso anfitrião R.R., possivelmente mais versado no assunto, afirma num comentário neste blogue de 12-12-'06: "Thimar é bom para a ressaca mas com Guronsan". Se calhar consegue verificar o teor científico desta afirmação.
Em relação ao "Moderato" de Rachmaninov: recentemente descobri uma maneira bastante agradável para tomar este medicamento. Esta música faz parte da banda sonora do filme "The seven year itch" ("O pecado mora ao lado"), realizado por Billy Wilder e protagonizado por Tom Ewell e Marilyn Monroe. "Rachmaninov, the second piano concerto. It's unfair!", diz Monroe num suspiro ao pianista Ewell, "everytime I hear it I go to pieces!" e um pouco mais tarde "O, you stopped, why did you stop?" Ewell: "Because now I'm going to take you in my arms and kiss you, very quickly and very hard." (DVD á venda com o jornal "Público").

Anónimo disse...

Caro dr. contratempos,
folgo saber que também é cinéfilo.
Devo salientar que apenas brindei com champanhe. O problema é que a música árabe é contraindicada quando misturada com chgampanhe francês.
Bom, falando em bandas sonoras de filmes, ontem por acaso revi o abla con ella, do pedro almodovar, e tive que ver duas vezes a cena do caetano veloso a cantar o cucurucucu paloma. Um momento precioso a juntar aos espectáculos da pina baush. Fui então ao youtube e passo a facultar o link

http://www.youtube.com/watch?v=a9kRUY4WLFI

que aconselho vivamente a quem não tenha problemas de ficar com pele de galinha.
Curiosamente, ao escutar apenas a música, a emoção não é tão forte. O casamento com as imagens e a ideia luxuosa de ter o caetano a cantar num jardim privado para uma duzia de pessoas é que fazem deste momento uma obra de arte única.

Rui Rebelo disse...

Caro Dr. Contratempos,

Quem leia o seu comentário poderá pensar que eu sou um boémio e talvez até imaginar-me a cair para o lado ao tentar acompanhar um holandês ao piano.

Sejam benvindos suas excelências musicais.

Anónimo disse...

Caro Rui, longe de mim tal pensamento (seria também bastante imprudente da minha parte hostilizar ambos os nossos anfitriões logo no primeiro dia de consultas)! Eu estava apenas a lembrar o seu comentário que não lhe deve ser inspirado obrigatoriamente por experiência própria. Mas a convicção com que transmitiu a receita contra a ressaca deu a entender que você percebe da coisa.
Falando em holandeses: quem viu as cenas deploráveis na Festa da Cerveja no Castelo São Jorge durante o Europeu 2004 deve concordar que uma receita destas fazia lá muita falta...

Anónimo disse...

...não lhe deve TER SIDO inspirado...

Rui Rebelo disse...

Caros Drs Contratempos, Partituras e FM,

Venho por este meio solicitar medicação urgente, pois sem ela não consigo trabalhar. Não é adição mas sim inspiração.
Necessito de tarantelas e outras danças italianas do sec XVII e XVIII. Só tenho em casa algumas coisas do Jordi Saval mas são mais antigas.

Anónimo disse...

Sugiro que vão visionar este trecho da gravação do concerto nº 2 de Rachmaninov interpretado pelo fabuloso Arcadi Volodos (a qualidade deixa muito a desejar mas o objectivo neste caso é mesmo observar).
É uma pena mas o concerto foi gravado em 4 partes e é impossível vê-lo na totalidade de uma só vez. De qualquer maneira vale muito a pena.
aqui fica o link para a 1ª parte:
http://www.youtube.com/watch?v=xdHO5yvZza0
Se não conseguirem abrir sugiro que façam pesquisa no youtube por: Rachmaninoff Piano Concerto No 2 part 1 - Arcadi Volodos

Bom ano e Boas músicas

Anónimo disse...

Rita!? Hello!

Anónimo disse...

cara rita,

seja bem vinda ao nosso humilde consultório. Quando precisar dos nossos serviços nós responderemos prontamente.

Muito obrigados pelo link do Volodos. O seu virtuosismo e emoção são ímpares.

Anónimo disse...

Caríssimos,
Muito obrigada pela recepção.
Devo confessar que tenho vindo espreitar assiduamente e que tenciono continuar a fazê-lo. Precisamente essa assiduidade permitiu-me reconhecer o Dr Contratempos que desejo bem de saúde (a julgar pelas prescrições e auto-medicação imagino que sim).
Espero que continuem com este projecto por muito tempo. É sempre bom poder ver algo inspirador neste oceano de alarvidades que é a internet.
Um grande abraço a todos.

Anónimo disse...

Será que alguém me pode receitar algo para os males de amor?

Preciso urgentemente de deixar de pensar nisto...

agradecido,

GG

Anónimo disse...

Cara Rita,

Apesar de não solicitar qualquer tipo de prescrição musical, deduzo pela sua recomendação do clip do Volodos, que está a auto-medicar-se com doses elevadas de virtuosismo e emoção, características dos românticos e pós-românticos que o sr Volodos (tão bem) gosta de interpretar.

Esta medicação só deve ser tomada livremente em pessoas pouco sensíveis, que não deve ser o seu caso.
Nas pessoas mais sensíveis podem ocorrer reacções depressivas e existencialistas que poderão originar infecções emocionais só curáveis com doses "cavalares" de canto gregoriano.

Prescrevo-lhe música ligeira, bonitas canções, de preferência na sua tessitura para poder acompanhar cantando.

Anónimo disse...

Caro Gabriel,

Comno já nos apresentou um diagnóstico inequivoco, esperemos que o meu colega, Dr. Contratempos, prescreva algo para esse mal universal e intemporal.
Apesar de que o FM também deve ter voto na matéria...

Anónimo disse...

Caro Gabriel, como disse o meu colega Dr. Partituras, os males de amores são universais, mas ao mesmo tempo também muito personalizados. Queria sugerir o "Air" de Bach, suite no. 3, BWV 1068. Uma versão clássica e do orquestra de Ton Koopman, a ver e ouvir no site http://youtube.com/watch?v=2IE5_bQ1Sf8. A mim pessoalmente serviu-me muito bem a versão do grupo Ekseption (1969), na altura considerada um escândalo pelos puristas da música clássica. Na net só encontrei esta música incluída no programa de radio holandês MuziekMozaiek: "Bach to the future", aliás um programa que vale a pena ouvir integralmente, mas é preciso alguma paciência...
Aquele trompete no "Air" de Ekseption sempre me fez arrepios.
http://muziekmozaiek.info/?page_id=54

Fernando Mota disse...

Caro Gabriel,
A pedido do nosso colaborador Dr. Partituras, venho desta forma tentar trazer alguma ajuda para o seu caso. Para começar deixei-lhe no nosso Podcast (o leitor no topo à direita) uma música do disco "Son de los diablos - Tonadas afro-hispanas del Perú" de Diana Baroni, edição da Alpha. Para começar a ver alguma luz ao fundo do túnel, espero. Deixo-lhe a minha solidariedade e os desejos de melhoras breves.

Anónimo disse...

Prescrição reservada aos utentes intervenientes no post "Quem tem ética passa fome" (d.d. 7-1-2007):
tomar, de preferência em posição horizontal para queimar menos calorias, uma dose de Nusrat Fateh Ali Khan, por exemplo um pequeno quarto de hora da canção "Haqq Ali Ali" no CD "Sufi Soul", edição "Echos du Paradis".

Anónimo disse...

acrescentaria caro colega, com a sua permissão, que tomassem "the Swan" do saint-saens, com headphones ao deitar e de manhã em jejum.

Anónimo disse...

Falando en cisnes, caro Dr.Partituras, quem ficou irritado com o post "Quem tem ética passa fome" pode descarregar energias negativas (mas só depois de um bom pequeno almoço) com a "Valse" do bailado "O Lago dos Cisnes", Opus 20, de Pyotr Ilyich Tchaikovsky, administrada numa dose fortíssima no blogue http://bonamusica.blogspot.com/2005/07/o-lago-dos-cisnes-de-tchaikovsky.html

Anónimo disse...

eu acho que ninguém ficou irritado caro colega. A rapaziada gosta é muito de opinar sobre assuntos plémicos. eu aconselho a irem à farmácia musical, carregarem em "post", escolherem travadinha e darem um pézinho de dança agarrados a uma almofada. É um descompressor natural com a vantagem de se poder fazer exercicio fisico simultâneamente ao tratamento musical

Anónimo disse...

(uff, depois de 2 h e 45 minutos lá consegui aqui chegar...)

..como ia dizendo...

Eu voto NÃO ao aborto musical, isto é, acho que têm o direito de existir...já são música, muitas vezes ligeira, mas estão cá resultado de amor (ou mesmo noitadas), são filhos dos seus pais e serão amigos dos seus amigos!

Detesto aquela ideia dos taosIII de destruirem os abortos de porcelana só porque não são filhinhos perfeitos ?!...e eles teriam existido por acaso ?...

já viram se o aborto musical fosse legal....a cabana junto à praia não existia...acabavam-se as festas do bar cid e com elas as bezanas e a ternura dos 40...

Vocês defensores do SIM, acham que restavam muitas das vossas musiquinhas vivas ?... a maioria estava na mesma cabana, sepultada em elvas e sem vista para badajoz, aí sim onde os abortos são permitidos e felizes com as suas famílias...

o tempo de satélite acabou (mais uma vez),
Cumprimentos (mais uma vez),
vosso A.S.

Rui Rebelo disse...

Caro Dr. Contratempos,

Depois de me ter debruçado sobre a problemática do aborto fiquei com uma ligeira dor de cabeça que no caminho até aqui ao consultório se agravou numa terrivel enxaqueca. Passei de caminho pela farmácia e tomei uma dose de tranquilizantes que me aliviaram as dores mas continuo sem saber qual a causa do sintoma.
Se me pudesse ajudar agradecia e pode sempre enviar-me a conta por e-mail.

Anónimo disse...

EXISTE ALGUMA RECEITA MUSICAL QUE FUNCIONE COMO PÍLULA DO DIA SEGUINTE???

Anónimo disse...

Caro Anónimo Silva,

Não me posso pronunciar sobre politica musical por razões de ética profissional. Mas, na qualidade de Dr., aconselho-o a ouvir música tocada por si ao vivo.
Isto para o cansaço oftalmológico que deduzo ter visto ter demorado 2:45m a aqui chegar e não ter lido a plaquinha a dizer: "Não são permitidas questões políticas dentro ou à porta do consultório - A Campanha do Sim ou Não ao Aborto Musical faz-se no devido post. Obrigado"
Cumprimentos e até breve.

Anónimo disse...

Caro Doutor partituras,

Peço desculpa pelo incómodo, mas eu não toco música ao vivo à já alguns anos..desde que deixei a filarmónica...

já que aqui estou digo-lhe que sou contabilista e como tal passo muito tempo sentado...as hemorróidas são um problema grave na minha vida. Já tentei vários fármacos mas sem sucesso. Será que pode prescrever-me algo...eu nem me importo que sejam músicas modernas, tomo tudo desde que não provoque ardor ()nal...

muito obrigado senhor doutor,
e deus o abençoe

A.S. (ex A.S.)

Anónimo disse...

Caro António Silva (ex anónimo silva),
Tenho que confessar que a ideia de ter um paciente "anónimo silva" me soava menos anónima do que a de ter um "António Silva". Mas atendendo à qualidade dos seus comentários neste blogue e ao facto de se dirigir à minha pessoa com um doutor (por extenso) vou dar-lhe uma atenção especial e gratuita.

Quanto às hemorróidas prescrevo:

1º - Dançar ligeiramente Travadinha (disponível na nossa farmácia) de 2 em 2 horas durante o tempo que estiver sentado. Pode alternar com outras músicas desde que se levante e movimente para as ouvir.

2º - Comprar toalhetes (daqueles que limpam o rabinho aos bebés) e antes de se sentar na sanita para o acto, lembrar-se que não necessita tomar Bach ou Mozart mas apenas levar os toalhetes consigo e utiliza-los após a sessão

3º - Evitar ingerir alimentos sólidos ou líquidos em locais onde haja música que lhe desagrade.

4º - Voltar a divertir-se com instrumentos musicais ou simples objectos que produzam sons do seu agrado.

5º - Vir regularmente ao consultório para podermos observar o evoluir da sua situação.

Os Melhores Cumprimentos,


Doutor Partituras

Anónimo disse...

Caro Rui, só agora encontrei um momento para debruçar-me sobre a sua enxaqueca (comentário 8-1, 23.56 h). Um receito radical será mergulhar a cabeça enxaquecada repetidamente num whirlpool ou jacuzzi, um tratamento mais suave será tomar uma água com gás natural (natural é a água, não o gás), escutando
"Water Music" de Georg Friedrich Händel (trecho em http://www.classicforkids.com/music/music_view.asp?id=10

Anónimo disse...

Correcção: "Water Music" de Händel em: http://www.classicsforkids.com/shows/showview.asp?ID=23.
Quanto às hemorróidas do paciente António S., Dr. Partituras, queria sugerir uma pequena adenda à sua prescrição nº 1: dançar a Travadinha, mas com um dente de alho (com alguns pequenos cortes) aplicado no Sítio do Mal. No início faz alguma impressão, mas está garantido um efeito absolutamente purificador.
Ainda bem que o Sr. Silva se dirigiu ao nosso Consultório com este problema do qual sofre (muitas vezes em silêncio) praticamente metade da população.
Em Portugal ainda é grande a inibiçao para falar em assuntos destes, ao contrário, por exemplo, de países como a Holanda, onde a questão é abordada livremente, até em canções de Carnaval do tipo "Ge mot mar krabbe waor ut jukt" ("Tens de coçar onde há comichão").

Anónimo disse...

Muito agradecido Dr. Contratempos,
devo confessar que a dor de cabeça foi apenas um pretexto para finalizar um texto que não me estava a sair muito bem.
No entanto tomei um pouco da sua receita.

Anónimo disse...

Agora sou eu, caro colega Dr. Partituras, a precisar de um conselho musico-terapêutico, por causa das suas últimas palavras "...um pouco da SUA RECEITA"...
Eu escrevi (como sem dúvida observou): "UM RECEITO" (comentário neste post de 10-1, 2:13) em vez de "uma receita". De facto isto acontece-me cada vez mais: trocar os géneros dos substantivos. Ao leitor comum este tipo de enganos deve causar simplesmente um sorriso compassivo: "Coitadinho, ainda não sabe falar bem o Português...", mas eu próprio sei que não é isto, até começo a sentir um ligeiro pânico: e se estas pequenas anomalias afinal não se limitam ao sexo dos vocábulos, mas são sintomas de um Mal Maior que vai alastrando a outras áreas da minha existência. Será que ainda vou entrar numa crise existencial, caro colega!? Ajuda-me, por favor!

Anónimo disse...

Prezado Colega,

Devo dizer-lhe que o seu português é melhor do que o da grande maioria dos portugueses.
Eu próprio, português quase de ginja, dou os meus erritos nos comentários pois faz parte da linguagem internautica (sem acentos de proposito). Viu, fica mais personalizado. tb (quer dizer também) kero (quero) dzer q ha mts formas de screver. É como na música se poderem dar notas desafinadas. Ora notas desafinadas não existe. Existe apenas notas em determinadas frequências. A questão do género é irrelevante e o que o aconselho a fazer é assumir os erros aproveitando-se do charme que lhe poderão facultar.

Pense nisso ao som do segundo andamento do quinteto para clarinete do mozart.
:)

Anónimo disse...

Obrigado, caro colega, já estou melhor. Acho que foi um afrontamento passageiro..

Anónimo disse...

Mesmo assim, continuo com uma dúvida, caro colega: os afrontamentos também fazem parte dos sintomas da andropausa ou pertencem somente à menopause?

Anónimo disse...

caro colega,

penso que dependerá da pausa e do andamento.
Uma pausa de seminima a 60 bpm é temporalmente igual a uma pausa de minima a 120 bpm. Portanto, uma adropausa semi-breve num andamento andante parece-me muito similar a uma menopausa breve num andamento vivace. À semelhança da extensão Baixo/Contralto ou Tenor/soprano, com as variantes naturais das características da definição.

Por outro lado o factor "género" não se traduz somente na simples regra matemática simples da oitava.
Existem timbres distintos representativos de emoções de universos específicos, que se pautam por principios diferentes:
o conjunto das alterações fisiológicas da pausa meno significa somente uma paragem da repetição mensal (tempo concreto)enquanto a pausa andro se refere à condição efectiva (tempo relativo).

Diria então que o caro colega deveria concentrar-se na pausa e no andamento, deixando o género e a relatividade de parte.

Anónimo disse...

Caro colega Dr. Partituras,

Muitos agradecimentos para a sua exposição abrangente. Vou alterar o meu andamento de Vivace para Allegretto. Tenho a noção que estou a ficar velho e de certeza vou acabar os meus dias no máximo num Adagio Vagaroso, ("de expressão terna e patética", segundo a Wikipédia), mas para já ainda dou uma para a caixa.

Anónimo disse...

..PELA sua exposição...

Anónimo disse...

Caro Sr. Ai Meu Deus,

Já chegou, vindo do post com as Duas Panteras?
Em relação ao seu pedido: infelizmente devo informar-lhe que raramente tenho a oportunidade de ouvir os programas na Antena 2 nos horários por si indicados. Em geral só nos domingos de manhã costumo espreguiçar-me ao som de uma peça de música clássica. Suponho que a mesma música pode provocar efeitos duma natureza muito diferente num condutor de automóvel numa bicha interminável. Uma coisa é certa: o título do programa de manhã da Antena 2 "Império dos Sentidos" nada tem a ver com a famosa pelicula japonesa dos anos setenta sobre o amor total e obsessivo.
De resto, caro Sr. Ai Meu Deus, lamento, mas como adepto incondiconal dos transportes públicos (não tenho carro nem carta de condução) não me considero a pessoa indicada para fazer prescrições a condutores de veículos individuais. Aliás, um automobilista tem sempre a possibilidade de mudar de estação à procura de uma música mais em conformidade com o seu humor do momento.
Falando neste aspecto eu queria aqui defender os interesses dos passageiros dos autocarros matinais sobrelotados e SEM música. Já nos anos '40 existia neste país uma Fundação Nacional "Alegria no Trabalho", então porque também não um pouco de "Alegria a Caminho do Trabalho"!? Por isso proponho, não, EXIJO às Companhias Rodoviárias: camionetas com música JÁ e criação de um espaço onde os passageiros podem ensaiar à vontade o seu pequeno Pas de Deux.

Ai meu Deus disse...

pois eu sou fã (incondicional) do "Império dos Sentidos". O responsável faz um programa maravilhoso, com ritmo, com conteúdo (perfeitissimamente audível pelo comum dos automobilistas e utilizadores de transportes públicos: conhece uma coisa que se chama leitor de mp3 ;-) e que está já a preços muitos acessíveis?). A Canavilhas, ai meu Deus!... palavrosa, tonta, "convencidinha" qb...

Quando o conheci, gostei do Ritornello, mas agora cheira-me a um certo pedantismo (com uns perfumes de beatice e de narcisismo). Há ultimamente um novo figurino no horário da tarde, mas ainda não tenho conhecimento suficiente para ter uma opinião. Quando tiver...

Anónimo disse...

onde é que anda toda a gente??

Anónimo disse...

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Anónimo disse...

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